Centro de Apoio à Pessoa em Luto

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Quando Acontece...

Lembrei-me das crianças, dos adolescentes...
Quem de perto com eles convive, deve muitas vezes questionar-se sobre a melhor maneira de poder auxiliar a superar, ou a tornar mais facil a ausência ou perda de alguém que lhes seja próximo...
Depois de algumas leituras optei por transcrever um excerto do livro denominado Interiores, cujo autor é o Pedopsiquiatra Pedro Strech (2003):
"...Frequentemente encontramos rapazes ou raparigas de diferentes idades, que conheceram de forma esperada ou súbita a morte de familiares próximos. (...) Como se imagina são situações sempre muito dificeis e dolorosas (...). Frequentemente envolvem abordagens muito dolorosas, que também nos questionam sobre a essência da vida, a sua justiça, o seu significado mais profundo. A muito não épossivel responder, nem sequer comentar, tal a forma como inrompem. Que dizer de quatro irmãos, entre os oito meses e os sete anos, que perdem a mãe? De um rapaz adolescente que perde os dois pais?
(...)
Independentemente das suas idades, importa preservar a imagem do familiar na memória da criança. falar dele sempre que vier a propósito, responder à curiosidade de quem pergunta, facilitar o acesso à figuração de uma imagem (como fotografias), são tudo pontos que facilitam a reorganização psiquica face à perda. O oposto é negativo.
(...)
Como sabemos, todos os bocados da vida são conversáveis. Mesmo os mais dolorosos, injustos ou misteriosos, embora não existam receitas. Ou , com a única receita de tudo poder ser dito à medida da justa necessidade da criança. Mesmo quando o tema é a morte. Porque a vida tem sempre recursos, e desde que saiam pelo coração, está sempre bem."

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