Centro de Apoio à Pessoa em Luto

terça-feira, 22 de julho de 2008

Workshop - Trabalhar o Luto com a Programação Neuro-Linguística (PNL)

Temos o prazer de anunciar que o Capelo de Algarve encontra-se a organizar um workshop de como trabalhar o luto, baseado na programação Neuro-Linguística (PNL).
A Programação Neuro-Linguística é um poderoso instrumento de transformação pessoal, capaz de levar o indivíduo a conhecer-se e relacionar-se melhor, a viver com mais prazer, instalar uma performance de sucesso, superar traumas, medos e inseguranças e dominar a arte de preparar o seu futuro.

Neste workshop pretende-se:

Obter conhecimentos sobre a PNL para lidar com o luto;

Saber identificar crenças que limitam;

Obter outra perspectiva, curar o passado;

Obter congruência e alinhamento pessoal com o processo do luto.

Data:
20 de Setembro de 2008
Inscrições até 8 de Setembro
Horário
09h30 às 18h30
Local
Faro ou Lagos
Destinatários
Profissionais e Estudantes de Psicologia, Enfermagem,
Serviço Social e áreas afins.
Inscrições
As inscrições podem ser enviadas para:
E-mail: algarve@apelo.pt
Fax: 289 804 547
(Data Limite: 8 de Setembro 2008)
Contactos:

Sede
Apartado 573— E. C. do Carmo
8001-999 Faro
Tlm: 914 217 428 / 960 063 376
E-mail: algarve@apelo.pt


GAL-Lagos (Gabinete de Apoio à Pessoa em Luto)
Junta de Freguesia de S. Sebastião
Rua Junta Freguesia Lt 12—r/c
8600-706 Lagos
Telf.: 282 763827 Tlm: 926 485 555
E-mail: capeloalgarve.lagos@sapo.pt



segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Luto nas Crianças

Quando alguém que gostamos morre, como adultos temos períodos longos de luto, enquanto os sentimentos de uma criança vão e vêm, podendo transmitir á família a percepção de que superaram o luto.
Mas a verdade é que os sentimentos confusos, as questões que nos colocam sobre a morte e o medo de estarem sozinhos, são sinais de que neste momento mais do que nunca, precisam dos adultos para lhes mostrarem o caminho a seguir.
Quando li pela primeira vez, os direitos no luto de uma criança, reparei curiosamente que elas se aplicam a todos nós… independentemente da idade.


Os meus direitos no Luto
Livro: Healing the Bereaved Child
De Alan Wolfelt’s
1. Eu tenho direito de ter sentimentos únicos sobre a morte.
Eu posso sentir-me zangada, triste, ou só. Eu posso sentir-me assustada ou aliviada. Eu posso sentir torpor ou por vezes absolutamente nada. Ninguém vai sentir o mesmo que eu.

2. Eu tenho o direito de falar sobre o meu luto, no momento que me apetecer falar sobre ele.
Quando preciso de falar, vou procurar alguém que me ame e me vai ouvir. Quando eu não quiser falar, está bem na mesma.

3. Eu tenho o direito de demonstrar os meus sentimentos de luto á minha maneira.
Quando dói, algumas crianças gostam de brincar para se sentirem melhor por algum tempo. Eu também posso brincar ou rir. Eu também posso ficar zangada e gritar. Isto não quer dizer que sou mau, mas que tenho sentimentos assustadores dentro de mim e que preciso de ajuda.

4. Eu tenho o direito de precisar de outras pessoas para me ajudarem no luto, sobretudo das pessoas crescidas que cuidam de mim.
Maior parte das vezes eu preciso que prestem atenção ao que estou a sentir e que digam que me amam independentemente do que acontecer.

5. Eu tenho o direito de me sentir incomodado com os problemas normais do dia-a-dia.
Posso sentir-me irritado e até ter por vezes dificuldade em conviver com os outros.

6. Eu tenho o direito de ter “explosões de luto”.
Explosões de luto são sentimentos súbitos e inesperados de dor, que me atingem ás vezes – mesmo muito depois da morte. Estes sentimentos podem ser fortes e até assustadores. Quando isto acontece, eu posso ter medo de estar sozinho.

7. Eu tenho o direito de usar as minhas crenças em relação ao meu Deus para me ajudar nos meus sentimentos sobre o luto.
Rezar pode ajudar-me a sentir melhor e de alguma forma sentir-me mais perto da pessoa que perdi.

8. Eu tenho o direito de saber como é que a pessoa que eu gostava morreu.
Mas está bem se eu não encontrar uma resposta. As questões do “porquê” sobre a vida e a morte são as mais difíceis de responder.

9. Eu tenho o direito de pensar e falar sobre as minhas memórias da pessoa que morreu.
Ás vezes essas memórias deixam-me feliz e outras triste. Apesar disso, as memórias ajudam-me a manter vivo o meu amor pela pessoa que morreu.

10. Eu tenho o direito de seguir o meu caminho e sentir o meu luto, e ao longo do tempo curá-lo.
Eu vou continuar a viver a minha vida feliz, mas a vida e a morte da pessoa vai continuar a ser uma parte de mim. Vou sempre sentir saudades dele.