Centro de Apoio à Pessoa em Luto

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz natal... (dentro dos possíveis...)



Hoje é dia de reunião com os familiares, é dia de cada casa ter uma festa... será? Nós que trabalhamos nesta área, nós que lidamos com esta realidade tão dura sabemos que não. Há casas onde hoje há dor de solidão, de saudade, pela perda de alguém querido....


Nós próprios que cá trabalhamos também temos alguma dessa dor, já perdemos alguém que era "especial" para nós, ... , também hoje como todos os dias dói...


A Apelo nasceu exactamente para que estas dores fossem atenuadas, e é isso que tentamos fazer, não ainda da forma que desejamos, com um espaço para vos receber dignamente mas com os corações cheios de compreensão pelas vossas dores...


Com esta mensagem de hoje, reforçar a ideia de que nós estamos aqui para e por vocês, hoje como todos os dias.


Dentro do que é possível, a todos os níveis, social, psicológico, etc, desejamos que tenham um FELIZ NATAL com a esperança de que o Sol nasce todos os dias e para todos....


Beijo e abraço forte...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Bater do coração


(...) Finitamente, podemos amar infinitamente, incondicionalmente e, aí, não há espaços e regras delineadas no demonstrar coisas que, se controlássemos, durariam no tempo e no espaço para sempre…ai é o vale tudo do coração que quer aceleradamente bater (...).

Não somos assim tão donos do tempo e espaço que temos. A partir do momento em que há o deparar com a perda, percebemos que, afinal…afinal fica um espaço interno estrondosamente vazio, num vácuo oco que já não podemos preencher.

Estas palavras escrevo a todos os que certamente souberam amar bonitamente até ao fim (fim físico e não emocional) aquela pessoa que, no tempo e no espaço possível, soube depositar a semente do saber fazer, do saber estar e, essencialemente, do saber Ser.

Na agenda do coração, haverá tempo vasto para recordar aquilo que continuará a ser para sempre aquele(a) que partiu…os reencontros que aí se darão, durarão o tempo que quiserem, e ouvirão, sem cessar, um Obrigado…um gosto de ti para sempre!
Apesar dum contigo mas sem ti, reencontrarão o seu sorriso e agradecimento em todas aquelas pessoas que irão dar a mão.


Até Sempre.


André Viegas

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Desamparo


"Os homens têm de confrontar-se com o seu medo e desamparo. Só assim podem eles tomar consciência da sua raiva e das verdadeiras razões desta. Só nesse caso podem concentrar-se nos aspectos específicos da sua vida que provocaram o dilema. Aí é que serão capazes de se libertarem da sua sensação de desamparo. A aceitação do desamparo leva a que a pessoa se veja encaixada no mundo como uma parte de um contexto vital maior, em vez de o definir como uma fraqueza."


Arno Gruen




quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Avessos simbólicos de aprendizagens


"A vida pode ser comparada a um bordado que no começo da vida vemos pelo lado direito e, no final, pelo avesso. O avesso não é tão bonito, mas é esclarecedor, pois deixa ver como são dados os pontos".



Parerga and Paralipomena, Schopenhauer, vol. 1, p.482, cap.6: "On the diferents Periods of Life referido por Yalom, I., (2006), "A Cura de Schopenhauer".




Sugestões de leitura para este Natal:


-Quando Nietzche Chorou, Irvin Yalom



-A cura de Schopenhauer, Irvin Yalom



- De olhos fixos no sol, Irvin Yalom





Até sempre.


André

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A paz dos nossos dias

A paz dos nossos dias

Foi o paz que nos foi roubada? Ou agora a paz dói e tornou-se a pior inimiga? O silêncio que invadiu os nossos ouvidos e os faz doer. Seremos nós capazes de lidar com a solidão? Ou saberemos nós estar acompanhados no meio da multidão? A mesma paz que me fará renascer das cinzas amanhã é aquela que nos faz arder hoje.

A força de levantar o queixo e prosseguir virá das pequenas coisas, dos pequenos gestos, dos pequenos sorrisos,

É a paz de encontrar a verdadeira paz que nos falta...

Não é fácil. Não é fácil perceber.