Era uma vez um dia sem ti …Era uma vez, um dia que não deveria ter sido mapeado na história, o dia em que perdi quem tanto fazia parte de mim!
São vários os envelopes psicológicos que nos ajudam a mapear as questões da perda de outrem, panos de fundo que nos remetem para continentes desvinculativos onde, corpusculosamente agregados, desagregamo-nos numa aparente geração espontânea de desertificação psicológica, onde o aqui e o agora congelam em patamares friamente desafiantes, num caminho de continuidade no ali e no depois.
Nenhum dizer académico jamais se aproximará do ser especialista em sofrimento, neste caso específico, do ser especialista na crua dor psicológica de um processo de luto.
Desafiado a participar no processo de socialização, o Homem é confrontado com vicissitudes que limitam o seu saber estar bem nas (longas) horas da vida. Qualquer tipo de socialização implica, não poucas vezes, transacções afectivo-emocionais que podem constituir vínculos inquestionáveis e, por isso, predispõem o sujeito a um futuro sentir falta perante a falência psicológica e/ou física (morte) de um outro significativo.
Quase inquestionavelmente, o Homem socializará até ao seu fim corpuscular e, nesta matéria, fará sentido, posteriormente à perda, um entrelaçar da(s) experiência(s) de dor com outros agentes socializados em territórios de perda(s). Conjuntamente, constitui-se essencial o caminharem na construção de um reconstituir de representações mentais do perdido com esboços de lábios que sorriem e que recordam o outro, não só fazendo um basear no doloroso rasgão da desligação mas, num sentir aproximado ao "ainda bem que passaste pela minha vida".
A decisão de tentar dar alguns passos nesta área, partiu da minha sensação de falta de movimento, falta de vida (desertos psicológicos) e do desejo de compreender para poder iniciar em breve o trabalho de apoio psicológico/psicoterapêutico (individualmente e em grupo) com mundos desta índole, onde começo a envolver-me como moderador de grupos de entreajuda na Capelo de Lisboa (confesso que poderá estar também presente algum movimento pessoal próximo da sublimação que me permita, psicologicamente, prevenir primariamente futuras perdas e pensar estas coisas).
Nenhum dizer académico jamais se aproximará do ser especialista em sofrimento, neste caso específico, do ser especialista na crua dor psicológica de um processo de luto.
Desafiado a participar no processo de socialização, o Homem é confrontado com vicissitudes que limitam o seu saber estar bem nas (longas) horas da vida. Qualquer tipo de socialização implica, não poucas vezes, transacções afectivo-emocionais que podem constituir vínculos inquestionáveis e, por isso, predispõem o sujeito a um futuro sentir falta perante a falência psicológica e/ou física (morte) de um outro significativo.
Quase inquestionavelmente, o Homem socializará até ao seu fim corpuscular e, nesta matéria, fará sentido, posteriormente à perda, um entrelaçar da(s) experiência(s) de dor com outros agentes socializados em territórios de perda(s). Conjuntamente, constitui-se essencial o caminharem na construção de um reconstituir de representações mentais do perdido com esboços de lábios que sorriem e que recordam o outro, não só fazendo um basear no doloroso rasgão da desligação mas, num sentir aproximado ao "ainda bem que passaste pela minha vida".
A decisão de tentar dar alguns passos nesta área, partiu da minha sensação de falta de movimento, falta de vida (desertos psicológicos) e do desejo de compreender para poder iniciar em breve o trabalho de apoio psicológico/psicoterapêutico (individualmente e em grupo) com mundos desta índole, onde começo a envolver-me como moderador de grupos de entreajuda na Capelo de Lisboa (confesso que poderá estar também presente algum movimento pessoal próximo da sublimação que me permita, psicologicamente, prevenir primariamente futuras perdas e pensar estas coisas).
Considero pois que será de considerar como um objectivo para os grupos, o tentar manusear as dimensões psicológicas da pessoa em processo de luto com, e, sobretudo, os benefícios apaziguadores de grupos de entreajuda.
Até Sempre!
André Viegas
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