Centro de Apoio à Pessoa em Luto

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tem sempre presente que a pele se enruga,
O cabelo embranquece,
Os dias convertem-se em anos…
Mas o que é importante não muda;
A tua força e convicção não têm idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma partida.
Atrás de cada conquista, vem de novo um desafio.
Enquanto estejas vivo, sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amarelecidas…
Continua, quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje o ferro que existe nem ti.
Quando não consigas trotar, caminha.
Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca te detenhas.

Madre Teresa de Calcutá


As flores renascem em todas as primaveras, o sol nasce todas as manhãs, vai haver sempre alguém para nos ouvir, a eternidade mora no nosso coração.

por: Andreia Ribeiro

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Espaços transformadores

" Só no lugar onde as coisas morrem é que pode haver ressuscitação."


(autor desconheçido)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Era uma vez o dia em que te perdi.



Era uma vez um dia sem ti …Era uma vez, um dia que não deveria ter sido mapeado na história, o dia em que perdi quem tanto fazia parte de mim!






São vários os envelopes psicológicos que nos ajudam a mapear as questões da perda de outrem, panos de fundo que nos remetem para continentes desvinculativos onde, corpusculosamente agregados, desagregamo-nos numa aparente geração espontânea de desertificação psicológica, onde o aqui e o agora congelam em patamares friamente desafiantes, num caminho de continuidade no ali e no depois.
Nenhum dizer académico jamais se aproximará do ser especialista em sofrimento, neste caso específico, do ser especialista na crua dor psicológica de um processo de luto.
Desafiado a participar no processo de socialização, o Homem é confrontado com vicissitudes que limitam o seu saber estar bem nas (longas) horas da vida. Qualquer tipo de socialização implica, não poucas vezes, transacções afectivo-emocionais que podem constituir vínculos inquestionáveis e, por isso, predispõem o sujeito a um futuro sentir falta perante a falência psicológica e/ou física (morte) de um outro significativo.
Quase inquestionavelmente, o Homem socializará até ao seu fim corpuscular e, nesta matéria, fará sentido, posteriormente à perda, um entrelaçar da(s) experiência(s) de dor com outros agentes socializados em territórios de perda(s). Conjuntamente, constitui-se essencial o caminharem na construção de um reconstituir de representações mentais do perdido com esboços de lábios que sorriem e que recordam o outro, não só fazendo um basear no doloroso rasgão da desligação mas, num sentir aproximado ao "ainda bem que passaste pela minha vida".
A decisão de tentar dar alguns passos nesta área, partiu da minha sensação de falta de movimento, falta de vida (desertos psicológicos) e do desejo de compreender para poder iniciar em breve o trabalho de apoio psicológico/psicoterapêutico (individualmente e em grupo) com mundos desta índole, onde começo a envolver-me como moderador de grupos de entreajuda na Capelo de Lisboa (confesso que poderá estar também presente algum movimento pessoal próximo da sublimação que me permita, psicologicamente, prevenir primariamente futuras perdas e pensar estas coisas).


Considero pois que será de considerar como um objectivo para os grupos, o tentar manusear as dimensões psicológicas da pessoa em processo de luto com, e, sobretudo, os benefícios apaziguadores de grupos de entreajuda.




Até Sempre!




André Viegas

Para Sempre...

- Esta noite... Vê lá se percebes... Não venhas comigo.
- Vou! Vou! Não te quero abandonar!
- Mas há-de parecer que me dói muito... Há-de
parecer que eu estou a morrer. Tem de ser assim.
Não venhas ver uma coisa dessas que não vale a
pena.
- Vou! Vou! Não te quero abandonar!
(...)
- Fizeste mal. Vais ter pena. Vai parecer que eu
estou morto e não é verdade...
Eu continuava calado.
- Percebes?... É que é muito longe e eu não posso
levar este corpo... É pesado de mais...

O Principezinho, Saint-Exupéry

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Para pensar...

Tome um sorriso
e ofereça-o a quem
nunca o recebeu.
Tome um raio de sol
e faça com que atinja
a escuridão da noite.
Descubra uma fonte
para lavar
quem vive no barro
Demarre uma lágrima
para colocá-la no rosto
de quem nunca chorou.
Pegue na sua coragem
e coloque-a no espirito
de quem não sabe lutar.
Descubra a vida
e narre-a a quem
não consegue entendê-la.
Retome a esperança
e viva sob sua luz.
Tome a bondade
e dê-a de presente
a quem não sabe doar.
DESCUBRA O AMOR
E FAÇA COM QUE O MUNDO O CONHEÇA.

Mahatma Ghandi