1º - Aprender a desprender-se
Desprender-se significa, criar espaço entre a morte, a pessoa falecida e o desafio de levar adiante o próprio projecto de vida. Implica a capacidade de libertar os sentimentos que nos ligam à pessoa, mas também a responsabilidade de assumir os medos e esperanças que pertencem a nós.
2º - Comunicar o que sente
A morte acaba com a vida mas não com o relacionamento. E não se trata apenas de comunicar a alguém a estima, os ressentimentos ou os pensamentos ligados ao relacionamento, mas também os sentimentos que surgem da situação presente, da solidão, da incerteza.
3º - Tomar decisões
Quem é atingido pelo luto tem o poder de escolher se vai sentir-se vítima dos acontecimentos ou se vai desenvolver um comportamento de realismo sadio; se fugirá da realidade ou se irá enfrentá-la. O passado não pode ser mudado: o que se pode fazer é começar a executar agora, com coragem e boa vontade o que não fizemos ontem. A pessoa deve decidir viver e não simplesmente existir.
4º - Ser paciente consigo mesmo
A paciência é uma virtude difícil de cultivar, seja pelas crianças seja pelos adultos. Se as coisas não melhoram rapidamente é fácil abandonar-se ao desespero. As expectativas irracionais frustram o processo de recuperação. Não é fácil ser paciente consigo mesmo e com as mudanças: o esforço em assumir novas tarefas requer capacidade para relativizar os problemas e aceitar os erros, e também força para suportar as frustrações e a solidão.
5º - Aprender a perdoar
O sentimento de culpa e a necessidade de perdoar acompanham muitas experiencias humanas, especialmente as que permanecem inacabadas. Perdoar-se quer dizer aceitar as próprias imperfeições, fazer as pazes consigo mesmo e canalizar o sentimento de culpa para melhorar o presente. Quem suporta o luto deve também aprender a perdoar ao próximo os seus comentários insensíveis, as suas acções erradas ou a indiferença e desatenção que revela. Às vezes nós não percebemos até que ponto a outra pessoa está a sofrer.
6º - Recorrer à própria fé
Desprender-se significa, criar espaço entre a morte, a pessoa falecida e o desafio de levar adiante o próprio projecto de vida. Implica a capacidade de libertar os sentimentos que nos ligam à pessoa, mas também a responsabilidade de assumir os medos e esperanças que pertencem a nós.
2º - Comunicar o que sente
A morte acaba com a vida mas não com o relacionamento. E não se trata apenas de comunicar a alguém a estima, os ressentimentos ou os pensamentos ligados ao relacionamento, mas também os sentimentos que surgem da situação presente, da solidão, da incerteza.
3º - Tomar decisões
Quem é atingido pelo luto tem o poder de escolher se vai sentir-se vítima dos acontecimentos ou se vai desenvolver um comportamento de realismo sadio; se fugirá da realidade ou se irá enfrentá-la. O passado não pode ser mudado: o que se pode fazer é começar a executar agora, com coragem e boa vontade o que não fizemos ontem. A pessoa deve decidir viver e não simplesmente existir.
4º - Ser paciente consigo mesmo
A paciência é uma virtude difícil de cultivar, seja pelas crianças seja pelos adultos. Se as coisas não melhoram rapidamente é fácil abandonar-se ao desespero. As expectativas irracionais frustram o processo de recuperação. Não é fácil ser paciente consigo mesmo e com as mudanças: o esforço em assumir novas tarefas requer capacidade para relativizar os problemas e aceitar os erros, e também força para suportar as frustrações e a solidão.
5º - Aprender a perdoar
O sentimento de culpa e a necessidade de perdoar acompanham muitas experiencias humanas, especialmente as que permanecem inacabadas. Perdoar-se quer dizer aceitar as próprias imperfeições, fazer as pazes consigo mesmo e canalizar o sentimento de culpa para melhorar o presente. Quem suporta o luto deve também aprender a perdoar ao próximo os seus comentários insensíveis, as suas acções erradas ou a indiferença e desatenção que revela. Às vezes nós não percebemos até que ponto a outra pessoa está a sofrer.
6º - Recorrer à própria fé
Seja qual for o credo ou religião, o sofrimento quando tem significado é mais suportável. O impacto inicial com a morte abala a fé. É um acontecimento "fora de propósito" que rompe com a familiaridade do quotidiano e com os projectos pessoais. A fé não protege da dor, mas ajuda a enfrentá-la; não a explica mas inspira a fazer-lhe face de uma maneira positiva; não a absolutiza, mas ajuda a redimensioná-la por meio de propostas de esperança e convites à solidariedade.
7º - Crer em si mesmo
A confiança em si cresce à medida que a pessoa descobre aquilo que a ajuda a curar-se e a sentir-se melhor. Escrever um diário, ocupar o tempo em leituras ou frequentar cursos estimulantes, viajar, desenvolver um hobby são iniciativas que levam a um maior conhecimento próprio, colocando em acção as potencialidades pessoais, ampliando os próprios horizontes.
8º - Estabelecer novas relações
Cada perda representa uma separação de uma parte de nós mesmos. Quem perde o pai ou a mãe chora a perda do passado; quem perde um cônjuge lamenta a perda do presente; quem perde um filho chora a perda do futuro. Essas lacerações interiores superam-se na medida em que os sobreviventes conseguem romper o próprio isolamento e dirigir a outros a sua capacidade afectiva. A finalidade de novos relacionamentos não é superar a solidão, mas reduzi-la.
9º - Voltar a sorrir
A perda de um ente querido causa tristeza, mas isso não significa que as pessoas de luto sejam condenadas à infelicidade pelo resto dos seua dias. O sorriso ajuda a temperar a dor e a descobrir espaços de alegria e de optimismo na vida quotidiana. O sorriso pode brotar das lembranças e pensamentos que que ocupam a mente, ou de situações engraçadas que a pessoa vivencie. Há tantas razões para choraqr como para rir na vida e, no fundo, há sempre um pouco de comédia nas nossas tragédias, e um pouco de tragédia em nossas comédias.
10º - Começar a doar
O voluntariado, a inserção em grupos caritativos, o envolvimento em algum projecto de ajuda a individuos ou a grupos de pessoas necessitadas constituem diferentes modalidades para colocar em segundo plano as suas próprias amarguras e derramar sobre os outros o bálsamo do amor e da solidariedade. A percepção de que alguém precisa de nós, de nos sentirmos úteis para a vida de alguém dá novo sentido à nossa própria existência.
(adaptado do livro "Conviver com a perda de uma pessoa querida" autor Arnaldo Pangrazzi)
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